terça-feira, 25 de outubro de 2016

#22 - Grande Prêmio do México (2ª parte)

* por Carlos Werzel Júnior

Até hoje foram disputados 17 GP’s Mexicanos, em toda sua história, sendo 1 extra-campeonato, e 16 na Fórmula 1, todos no Autódromo Hermanos Rodríguez (entre 1963 e 1970 era Magdalena Mixhuca).

Na história do GP do México, os vencedores são:

VITÓRIAS
PILOTOS
ANOS
3
Jim Clark
1962 (prova extra-campeonato, dividiu o carro com Trevor Taylor), 1963 e 1967 (as 3 de Lotus)
2
Alain Prost
1988 (McLaren) e 1990 (Ferrari)
Nigel Mansell
1987 e 1992 (as 2 de Williams)





1
Trevor Taylor
1962 (Lotus, prova extra-campeonato, dividiu o carro com Jim Clark);
Dan Gurney
1964 (Brabham)
Richie Ginther
1965 (Honda)
John Surtees
1966 (Cooper)
Graham Hill
1968 (Lotus)
Denny Hulme
1969 (McLaren)
Jacky Ickx
1970 (Ferrari)
Gerhard Berger
1986 (Benetton)
Ayrton Senna
1989 (McLaren)
Riccardo Patrese
1991 (Williams)
Nico Rosberg
2015 (Mercedes)


As equipes vencedoras, na história do GP Mexicano, são:

VITÓRIAS
EQUIPES
ANOS
4
Lotus
1962, 1963, 1967 e 1968
3
McLaren
1969, 1988 e 1989
Williams
1987, 1991 e 1992
2
Ferrari
1970 e 1990


1
Brabham
1964
Honda
1965
Cooper
1966
Benetton
1986
Mercedes
2015


Os pilotos que fizeram pole positions no circuito Hermanos Rodríguez, na história, são:

POLES
PILOTOS
ANOS e EQUIPES
5
Jim Clark
1962 (extra-campeonato), 1963, 1964, 1965 e 1967 [todas de Lotus]
3
Ayrton Senna
1986 (Lotus), 1988 e 1989 (ambas de McLaren)
2
Nigel Mansell
1987 e 1992 (ambas de Williams)



1
John Surtees
1966 (Cooper)
Jo Siffert
1968 (Lotus)
Jack Brabham
1969 (Brabham)
Clay Regazzoni
1970 (Ferrari)
Gerhard Berger
1990 (McLaren)
Riccardo Patrese
1991 (Williams)
Nico Rosberg
2015 (Mercedes)


A volta mais rápida no atual traçado do Autódromo Hermanos Rodríguez foi do alemão Nico Rosberg, de Mercedes, em 2015, que foi a pole position desse ano. Ele registrou 1’19.480 min., com média de 194,947 km/h.


A 19ª prova da temporada 2016 da F1 será a 18ª no circuito Hermanos Rodríguez (18ª na história do GP Mexicano, e 17ª na Fórmula 1), terá 71 voltas, e será disputada no dia 30 de outubro.

#22 - Grande Prêmio do México (1ª parte)

* por Carlos Werzel Júnior

É uma prova automobilística que fez parte do calendário da Fórmula 1 nos anos de 1963 a 1970, 1986 a 1992, e retornou ao calendário em 2015.

O primeiro Grande Prêmio do México foi realizado em 4 de novembro de 1962, como prova extra-campeonato, no circuito Magdalena Mixhuca. O circuito foi a primeira pista internacional no México, e foi construída dentro de um parque na capital Cidade do México. O nome do parque é Magdalena Mixhuca Sports City, e foi usado em 1968 como parque olímpico, para as olimpíadas do México daquele ano.

O circuito é do governo da Cidade do México, mas é operado atualmente sob concessão da Corporación Interamericana de Entretenimiento (CIE) através da OCESA, uma das subsidiárias da CIE (a CIE também organiza a NASCAR neste circuito).

A primeira corrida, então, foi realizada em 1962, como prova extra-campeonato na Fórmula 1. Jim Clark, que foi desclassificado da prova, já que os oficiais consideraram que ele cometeu irregularidade na largada, pegou o carro de seu companheiro de Lotus Trevor Taylor, e conseguiu a vitória. Foi a última vez que dois pilotos venceram um Grande Prêmio, dividindo o mesmo carro.

Esta prova de 1962 foi marcada, também, pelo acidente fatal do mexicano Ricardo Rodríguez, com apenas 20 anos. Ele, que já era considerado um potencial futuro campeão da F1, nos treinos bateu forte na curva Peraltada, vindo a falecer. Ricardo participou de 6 provas na F1.

O México entra oficialmente no calendário da Fórmula 1 em 1963, recebendo corridas até 1970. Nesta época, o GP Mexicano era sempre o último GP do ano. Foi então retirado do calendário da F1, devido ao enorme público que comparecia nos GP’s e que causava muitos problemas de segurança (em 1970, 200 mil pessoas compareceram no GP).

O 1º traçado, nomeado Magdalena Mixhuca

A IndyCar realizou 2 provas neste circuito do México, em 1980 e 1981, agora renomeado Autódromo Hermanos Rodríguez, em homenagem aos 2 irmãos pilotos mexicanos. Pedro Rodríguez, o irmão mais velho, faleceu em uma prova de carros esportes, em Norisring (Alemanha), em 1971. Pedro participou de 54 provas na Fórmula 1, e obteve 2 vitórias.

A Fórmula 1 retornou ao México em 1986, agora num Hermanos Rodríguez mais seguro, e com o traçado um pouco menor. Continuou na F1 até 1992. Embora o circuito fosse popular entre os pilotos, estes reclamavam dos saltos que havia na pista, e somando-se o problema da poluição da Cidade do México, a F1 novamente ‘abandona’ o México.

O traçado usado de 1986 a 1992

Em agosto de 2011, o empresário mexicano Carlos Slim Domit revelou planos para reviver o GP do México. Porém, somente em julho de 2014, Bernie Ecclestone confirmou ter assinado um contrato de 5 anos, para que o circuito Hermanos Rodríguez sediasse o GP Mexicano, iniciando em 2015.

O Autódromo Hermanos Rodríguez possui 4.304 metros, a prova é disputada no sentido horário, e o circuito é de média velocidade. O traçado possui 17 curvas, sendo 10 para a direita e 7 para a esquerda.

O autódromo está a 2.285 metros acima do nível do mar, e o ar rarefeito causa dificuldades para pilotos e carros.

Nos 2 traçados anteriores havia a curva Peraltada (última do circuito), que era bastante rápida, e que lembra a Parabolica do circuito de Monza.

Após o último GP de Fórmula 1 em 1992 foi construído um estádio de beisebol, logo antes da Peraltada. O nome do estádio é Foro Sol, e foi casa do time de beisebol Diablos Rojos del México. Este estádio atualmente sedia shows de música.

No retorno do GP Mexicano o traçado foi modificado, com o auxílio de Hermann Tilke. A reta de chegada foi estendida um pouco; os icônicos esses (curvas 7 a 11) foram modificados significativamente; e na parte do estádio de beisebol foi alterado o traçado, agora a pista passa por dentro do estádio, e a Peraltada foi cortada pela metade.

A reta de chegada possui 1,2 km de extensão e, claro, é um grande ponto de ultrapassagem.

O atual traçado

Duas curvas ganharam nomes. Em 2015, a curva 17 (última curva) foi batizada de Nigel Mansell, em homenagem ao piloto inglês, que venceu a prova 2 vezes, em 1987 e 1992.


E em 20 de setembro de 2016, a curva 12 foi batizada de Adrián Fernández, devido aos feitos do piloto mexicano para o seu país. E não apenas isso, Adrián foi nomeado embaixador do GP do México de 2016!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

#21 - Grande Prêmio dos Estados Unidos (extra)

* por Carlos Werzel Júnior

Outras provas de Fórmula 1 nos Estados Unidos, mas que não tiveram o nome GP dos EUA:

* Grande Prêmio do Oeste dos EUA: no circuito de Long Beach, houve 8 provas, de 1976 a 1983. E foram 8 vencedores diferentes:

ANO
PILOTO VENCEDOR
EQUIPE
1976
Clay Regazzoni
Ferrari
1977
Mario Andretti
Lotus
1978
Carlos Reutemann
Ferrari
1979
Gilles Villeneuve
Ferrari
1980
Nelson Piquet
Brabham
1981
Alan Jones
Williams
1982
Niki Lauda
McLaren
1983
John Watson
McLaren

E as equipes vencedoras em Long Beach:

VITÓRIAS
EQUIPES
ANOS
3
Ferrari
1976, 1978 e 1979
2
McLaren
1982 e 1983

1
Lotus
1977
Brabham
1980
Williams
1981


* GP de Detroit: realizado no circuito de rua de Detroit, foram 7 provas da F1 lá. Os pilotos vencedores foram:

VITÓRIAS
PILOTOS
ANOS
3
Ayrton Senna
1986 e 1987 (as 2 de Lotus) e 1988 (McLaren)

1
John Watson
1982 (McLaren)
Michele Alboreto
1983 (Tyrrell)
Nelson Piquet
1984 (Brabham)
Keke Rosberg
1985 (Williams)

Equipes vencedoras em Detroit:

VITÓRIAS
EQUIPES
ANOS
2
McLaren
1982 e 1988
Lotus
1986 e 1987

1
Tyrrel
1983
Brabham
1984
Williams
1985


* GP de Caesars Palace: realizado no circuito de Las Vegas, montado no estacionamento do hotel Caesars Palace. Houve apenas 2 provas, e os vencedores foram:

1981: Alan Jones, de Williams;
1982: Michele Alboreto, de Tyrrell.

* GP de Dallas: realizado no circuito de rua de Fair Park, em Dallas. Houve apenas uma prova em 1984, e o vencedor foi Keke Rosberg, de Williams.

Foi um dos GP’s mais quentes da Fórmula 1 (a temperatura chegou a 40ºC), igualando-se aos GP’s da Argentina de 1955, e do Bahrein de 2005!

Se considerássemos todas as corridas de F1 realizadas nos EUA, teríamos mudanças na tabela de pilotos vencedores, ficando assim:

- Ayrton Senna se igualaria a Michael Schumacher, com 5 vitórias, somando suas 3 vitórias em Detroit;
- o argentino Carlos Reutemann e o australiano Alan Jones teriam 3 vitórias cada;
- com 2 vitórias estariam os pilotos Gilles Villeneuve, Nelson Piquet, Niki Lauda, John Watson, Michele Alboreto e Keke Rosberg;
- com 1 vitória apareceriam os pilotos Mario Andretti e Clay Regazzoni.

E as mudanças quanto às equipes vencedoras seriam:

- Ferrari e McLaren teriam 12 vitórias cada;
- Lotus teria 11 vitórias;
- Williams teria 5 vitórias (única equipe a vencer em Long Beach, Las Vegas, Detroit e Dallas).
- Tyrrell teria 4 vitórias;

- e a Brabham teria 3 vitórias.