terça-feira, 25 de outubro de 2016

#22 - Grande Prêmio do México (1ª parte)

* por Carlos Werzel Júnior

É uma prova automobilística que fez parte do calendário da Fórmula 1 nos anos de 1963 a 1970, 1986 a 1992, e retornou ao calendário em 2015.

O primeiro Grande Prêmio do México foi realizado em 4 de novembro de 1962, como prova extra-campeonato, no circuito Magdalena Mixhuca. O circuito foi a primeira pista internacional no México, e foi construída dentro de um parque na capital Cidade do México. O nome do parque é Magdalena Mixhuca Sports City, e foi usado em 1968 como parque olímpico, para as olimpíadas do México daquele ano.

O circuito é do governo da Cidade do México, mas é operado atualmente sob concessão da Corporación Interamericana de Entretenimiento (CIE) através da OCESA, uma das subsidiárias da CIE (a CIE também organiza a NASCAR neste circuito).

A primeira corrida, então, foi realizada em 1962, como prova extra-campeonato na Fórmula 1. Jim Clark, que foi desclassificado da prova, já que os oficiais consideraram que ele cometeu irregularidade na largada, pegou o carro de seu companheiro de Lotus Trevor Taylor, e conseguiu a vitória. Foi a última vez que dois pilotos venceram um Grande Prêmio, dividindo o mesmo carro.

Esta prova de 1962 foi marcada, também, pelo acidente fatal do mexicano Ricardo Rodríguez, com apenas 20 anos. Ele, que já era considerado um potencial futuro campeão da F1, nos treinos bateu forte na curva Peraltada, vindo a falecer. Ricardo participou de 6 provas na F1.

O México entra oficialmente no calendário da Fórmula 1 em 1963, recebendo corridas até 1970. Nesta época, o GP Mexicano era sempre o último GP do ano. Foi então retirado do calendário da F1, devido ao enorme público que comparecia nos GP’s e que causava muitos problemas de segurança (em 1970, 200 mil pessoas compareceram no GP).

O 1º traçado, nomeado Magdalena Mixhuca

A IndyCar realizou 2 provas neste circuito do México, em 1980 e 1981, agora renomeado Autódromo Hermanos Rodríguez, em homenagem aos 2 irmãos pilotos mexicanos. Pedro Rodríguez, o irmão mais velho, faleceu em uma prova de carros esportes, em Norisring (Alemanha), em 1971. Pedro participou de 54 provas na Fórmula 1, e obteve 2 vitórias.

A Fórmula 1 retornou ao México em 1986, agora num Hermanos Rodríguez mais seguro, e com o traçado um pouco menor. Continuou na F1 até 1992. Embora o circuito fosse popular entre os pilotos, estes reclamavam dos saltos que havia na pista, e somando-se o problema da poluição da Cidade do México, a F1 novamente ‘abandona’ o México.

O traçado usado de 1986 a 1992

Em agosto de 2011, o empresário mexicano Carlos Slim Domit revelou planos para reviver o GP do México. Porém, somente em julho de 2014, Bernie Ecclestone confirmou ter assinado um contrato de 5 anos, para que o circuito Hermanos Rodríguez sediasse o GP Mexicano, iniciando em 2015.

O Autódromo Hermanos Rodríguez possui 4.304 metros, a prova é disputada no sentido horário, e o circuito é de média velocidade. O traçado possui 17 curvas, sendo 10 para a direita e 7 para a esquerda.

O autódromo está a 2.285 metros acima do nível do mar, e o ar rarefeito causa dificuldades para pilotos e carros.

Nos 2 traçados anteriores havia a curva Peraltada (última do circuito), que era bastante rápida, e que lembra a Parabolica do circuito de Monza.

Após o último GP de Fórmula 1 em 1992 foi construído um estádio de beisebol, logo antes da Peraltada. O nome do estádio é Foro Sol, e foi casa do time de beisebol Diablos Rojos del México. Este estádio atualmente sedia shows de música.

No retorno do GP Mexicano o traçado foi modificado, com o auxílio de Hermann Tilke. A reta de chegada foi estendida um pouco; os icônicos esses (curvas 7 a 11) foram modificados significativamente; e na parte do estádio de beisebol foi alterado o traçado, agora a pista passa por dentro do estádio, e a Peraltada foi cortada pela metade.

A reta de chegada possui 1,2 km de extensão e, claro, é um grande ponto de ultrapassagem.

O atual traçado

Duas curvas ganharam nomes. Em 2015, a curva 17 (última curva) foi batizada de Nigel Mansell, em homenagem ao piloto inglês, que venceu a prova 2 vezes, em 1987 e 1992.


E em 20 de setembro de 2016, a curva 12 foi batizada de Adrián Fernández, devido aos feitos do piloto mexicano para o seu país. E não apenas isso, Adrián foi nomeado embaixador do GP do México de 2016!

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