segunda-feira, 28 de março de 2016

#4 - Programa No 2

por Carlos Werzel Jr

Saudações a você que está lendo o blog da Radio Paddock F1!

Preparamos nosso programa nº 2, e nele falamos sobre o que aconteceu no GP da Austrália, desde os treinos classificatórios até a corrida em si. Igualmente tratamos do uso de pneus, tanto nos treinos como na corrida, algo que ainda estava confuso.

Também falamos sobre o próximo GP de 2016, o GP do Barhein, passando pela história do circuito de Sakhir e número dos GP's já realizados por lá! Como não poderia faltar, nós 4, Carlos E. Werlang, Carlos Werzel Jr., Diego Gambassi e Luís Virgílio Caldas, demos nossas impressões pessoais e pitacos, que podem ser diferentes de você, caro leitor. 

Fique à vontade para opiniões, críticas e sugestões sobre nosso programa, que segue abaixo!



Errata: por volta dos 18 minutos, um dos autores inverte os nomes e posições de Vettel e Raikkonen, no GP de 2015.

domingo, 20 de março de 2016

# 3 - GP da Austrália - Como Aconteceu

por Carlos E. Werlang

Foi recompensador para quem esperou por uma abertura de campeonato movimentada. A primeira prova do ano teve várias trocas de posições, acirradas batalhas internas, diferentes estratégias em relação aos pneus e um tenebroso acidente envolvendo Fernando Alonso. O GP da Austrália ainda viu Romain Grosjean conseguir os primeiros pontos da estreante norte-americana Haas.

Nada mal para a primeira corrida, a menos que você fosse Daniel Kvyat. Para o piloto da Red Bull não foi possível nem alinhar seu carro no grid de largada. Isso além de causar uma nova volta de formação, confirmou o azar que o russo tem em Melbourne, tirando-o antes mesmo do início.

Mais afortunados foram os pilotos da Ferrari que largaram bem e usaram os erros de Nico Rosberg e Lewis Hamilton para assumir as posições 1 e 2, Sebastian Vettel seguido por Kimi Raikkonen. O atual bicampeão Hamilton teve seu espaço fechado por Rosberg, caindo para a posição 6, sendo ultrapassado por Max Verstappen e Felipe Massa. O alemão da Mercedes era o terceiro. Carlos Sainz vinha na posição 7 seguido pela Force India de Nico Hulkenberg. O alemão havia tomado a posição do piloto da casa, Daniel Riccardo, que agora se defendia da McLaren de Fernando Alonso, completando o Top 10 onde todos, com exceção de Hulkenberg, corriam com pneus vermelhos supermacios.

Nas primeiras 12 voltas, Hamilton passou Massa; Riccardo passou Hulkenberg e Massa chegando a posição 6. O espanhol da Toro Rosso foi para o boxe, promovendo uma posição para Alonso e Sergio Perez e sua Force India, agora na posição 10. Valteri Bottas que largou em décimo sexto, vinha de pneus amarelos macios já na posição 12, depois de uma brilhante luta defensiva do estreante Jolyon Palmer. O novato da Renault mostrou muita habilidade.


A essa altura, as trocas de pneus iam mudando a ordem de colocação. Até que na volta 17 o piloto da Haas, Esteban Gutierrez, foi atropelado pela McLaren de Alonso, que atingiu o muro como um projétil depois de passar por cima da roda do mexicano, capotando mais duas vezes ao atingir a área de escape de brita, parando apenas no fim das barreiras de pneus do outro lado. A terrível cena do McLaren destruída foi aliviada pela saída do espanhol andando, mesmo que meio tonto. Um visual impressionante.


Com o acidente, a bandeira vermelha foi empregada paralisando a prova, prejudicando alguns e beneficiando outros. Esse momento foi crucial para a decisão da corrida, já que os pilotos e equipes puderam trocar de pneus e trabalhar em seus carros antes da relargada. A ordem do Top 10 era: Vettel (supermacios), Rosberg (médios), Raikkonen (supermacios), Riccardo (macios), Verstappen (macios), Sainz (macios), Hamilton (médios), Massa (médios), Grosjean (médios), Hulkenberg (médios). Quem optou pelos compostos mais macios apostou errado, pois tiveram que fazer nova troca.



Logo após a relargada, Raikkonen teve que abandonar com seu motor em chamas. Não demorou muito para que ficasse claro que a melhor escolha havia sido pelos pneus médios. E embora as duas Mercedes e Williams, Grosjean, Hulk, e Palmer tivessem que rodar quase 40 voltas com os mesmos pneus, eles foram os maiores favorecidos. Quando Vettel parou nos boxes, o Top 3 definiu-se com Rosberg e Hamilton, seguidos pela Ferrari. Em seguida vinha Riccardo, numa excelente recuperação, passando de novo por Massa, o brasileiro agora na posição 5. Em sexto estava a Haas do suíço Grosjean, numa excelente performance (valendo-se do fato de não ter parado nenhuma vez, trocando de pneus durante a interrupção), seguido da Force India de Hulkenberg e da Williams de Bottas. As Toro Rosso também pararam e voltaram atrás de Palmer, este na posição 9. Sainz e Verstappen proporcionaram um show a parte.


Uso dos pneus
O jovem holandês ficou furioso quando soube que seu companheiro havia ido aos boxes antes dele. Como Verstappen estava a frente de Sainz, teria por direito a primeira troca. Ao saber da jogada, entrou no boxe sem avisar a equipe e acabou por perder vários segundos, e também a posição para o espanhol. Nesse momento a Renault de Palmer brigava pelos pontos com Sainz na posição 10, seguido por Verstappen. Claramente mais rápido em boa parte da corrida, ele começou a reclamar compulsivamente pelo rádio, numa tentativa de que houvesse uma jogada equipe. Embora a Toro Rosso tenha concordado, os dois deixaram Palmer para trás, confirmando na mesma ordem as posições 9 e 10 na corrida.


Nas demais posições tivemos Kevin Magnussen e sua Renault, num bom esforço de recuperação já que na primeira volta teve um pneu furado; a Force India de Sergio Perez com a corrida comprometida por causa da bandeira vermelha; Jenson Button, mais um dos prejudicados pela má escolha de pneus, frustrando a tentiva de pontos da McLaren; o brasileiro Felipe Nasr, que pouco pode fazer com seu carro, embora tenha sido a única Sauber a terminar a prova; e por fim o estreante Pascal Wehrlein, que no começo da corrida chegou a ocupar a posição 14 e foi o único carro da Manor a cruzar a linha de chegada.

Nas considerações finais ressaltamos:

  • a importância desta vitória para Rosberg, impedindo que Hamilton saísse na frente já de início;
  • Sebastian Vettel parece ter carro para brigar por posições melhores do que o terceiro lugar, embora a Ferrari tenha saído com vantagem de apenas um ponto para a Williams, uma das únicas três equipes a colocar os 2 pilotos na zona dos pontos;
  • os dois jovens pilotos da Toro Rosso dão a indicação de que serão protagonistas de momentos interessantes nesta temporada;
  • as boas estreias de Palmer e Wehrlein;
  • a fase esquisita em que vive Fernando Alonso, não podendo de jeito nenhum ser chamado de azarado;
  • os primeiros pontos conseguidos para a Haas com o talento de Grosjean.
Segue a classificação dos pilotos e escuderias.



































Até a próxima!

segunda-feira, 14 de março de 2016

# 2 - GP da Austrália

Por Carlos Werzel Jr

É uma prova bastante antiga, existe desde 1928, e passou por vários circuitos.

Na Fórmula 1, o 1º GP australiano aconteceu em 1985, no circuito de rua de Adelaide. Adelaide permaneceu no calendário até 1995, sempre sendo a última prova da temporada. Foram 11 provas em Adelaide.

Houve decisões memoráveis de campeonato em Adelaide, como em 1986 (entre Nelson Piquet e Alain Prost, em que o francês conquistou seu 2º título), e em 1994 (entre Damon Hill e Michael Schumacher, onde conferimos o 1º título mundial do alemão).




















Em 1993, o proeminente empresário de Melbourne, Ron Walker, começou a trabalhar com o governo Kennet (então governador do Estado de Victoria) para Melbourne sediar o GP da Austrália de Fórmula 1.

No final de 1993 foi anunciado que a prova de F1 seria transferida para um reconstruído circuito de rua de Albert Park, em Melbourne. A corrida mudou-se para Melbourne em 1996.













Aliás, a primeira prova foi marcada pelo acidente impressionante de Martin Brundle, com sua Jordan.
- Os maiores vencedores do GP da Austrália (contando toda a sua história) são: o australiano Lex Davison (1954, 1957, 1958, 1961) e o alemão Michael Schumacher (2000, 2001, 2002, 2004), com 4 vitórias cada.
- Pela F1, atrás de Schumacher temos o inglês Jenson Button, com 3 vitórias (2009, 2010 e 2012).
- Com 2 vitórias os pilotos Gerhard Berger (1987, 1992), Ayrton Senna (1991, 1993), Damon Hill (1995, 1996), David Coulthard (1997, 2003), Kimi Räikkönen (2007, 2013) e Lewis Hamilton (2008, 2015).
- O maior vencedor, na F1, no circuito de Albert Park, é Michael Schumacher, com 4 vitórias. E em Adelaide, com 2 vitórias cada, são Alain Prost (1986, 1988), Gerhard Berger (1987, 1992) e Ayrton Senna (1991, 1993).
- Como curiosidade, o francês Alain Prost é o único piloto a ter vencido o GP da Austrália na Fórmula 1, e em formato “doméstico” (sob as regras da Fórmula 1 Australiana). Ele venceu a prova em 1982 (antes da F1), em 1986 e em 1988.
- O construtor com maior número de vitórias no GP da Austrália é a McLaren, com 12 vitórias no total, contando uma antes de entrar no calendário da F1. Ganhou em 1970, 1986, 1988, 1991, 1992, 1993, 1997, 1998, 2003, 2008, 2010 e 2012.
- Em 2º vem a Ferrari, com 10 vitórias, sendo 3 antes da F1. Venceu em 1957, 1958, 1969, 1987, 1999, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2007.
- Em 3º está a Williams, com 6 vitórias, 1980, 1985, 1989, 1994, 1995 e 1996.

O circuito de Albert Park tem 5.303 metros, e possui 16 curvas, sendo 10 para a direita e 6 para a esquerda. É um circuito de rua, de média alta velocidade, e horário.

A volta mais rápida em prova foi de Michael Schumacher, com a Ferrari, em 2004. Ele registrou 1’24.125 min, com média de 226.933 km/h.

No circuito de Albert Park (também chamado Melbourne Grand Prix Circuit), já foram realizadas 20 provas na Fórmula 1.

A prova que abre a temporada 2016 da Fórmula 1 será a 21ª em Albert Park, terá 58 voltas, e será disputada no dia 20 de março.

Por fim, aproveitem esse vídeo sensacional do que acontece nos preparativos para o GP em Albert Park.



domingo, 13 de março de 2016

#1 - Rádio Paddock F1 e a 67ª Temporada

    Por Carlos Werzel Jr


    Seja bem-vindo (a) ao blog da Radio Paddock F1!


   O programa idealizado, gravado e produzido por 4 amigos amantes da Fórmula 1, Carlos Eduardo Werlang, Carlos Werzel Júnior, Luís Virgílio Caldas e Diego Gambassi.


    Em nosso primeiro programa damos um panorama inicial sobre a temporada 2016 da Fórmula 1, tratamos da pré-temporada e de algumas mudanças no regulamento e no calendário. Também damos nossos palpites pessoais de qual será a “ordem” das equipes durante a temporada, e quanto ao 1º GP do ano, o GP da Austrália.


    Uma das grandes mudanças no regulamento para este ano é dos pneus. A Pirelli introduziu mais um composto de pneu para pista seca: o ultramacio (com banda roxa), que será usado pela 1ª vez no GP do Canadá, a 7ª etapa da temporada, a se realizar em 12 de junho. No total, agora, são cinco compostos para pista seca.


    Cada piloto terá direito a 13 jogos de pneus para o fim de semana de cada GP. A cada etapa do campeonato a Pirelli e os comissários da FIA escolhem três tipos, a serem utilizados nos treinos livres, na classificação e corrida. Em 2015 eram apenas dois tipos. Com certeza isto gerará maiores desdobramentos, o que iremos conferir no decorrer da temporada.


    Dos 13 jogos de pneus, 3 serão escolhidos pela Pirelli e pela FIA. Já quanto aos outros 10 jogos, cada piloto, em conjunto com seus engenheiros, define quantos jogos de pneus de cada tipo, dentre os três disponibilizados a cada GP, irá utilizar no fim de semana. Essa é a outra novidade este ano.

    Nas quatro primeiras provas, Austrália (20/03), Bahrein (03/04), China (17/04) e Rússia (01/05) os três tipos de pneus a serem utilizados já foram divulgados: médios, macios e supermacios.


Componentes da Pirelli para 2016

    



















       Dos 13 jogos, os pilotos deverão guardar um jogo do mais macio, no caso das 4 primeiras provas o supermacio, para a última seção do treino de definição do grid, o chamado Q3. Ele só pode ser usado nessa hora. E os 8 pilotos que se classificarem para o Q3 – não mais 10, como em 2015 – devolvem para a Pirelli esse jogo de supermacio.


     Os pilotos que não passaram do Q2 podem ficar com esse jogo do supermacio para usar na corrida. É uma forma de o regulamento tentar aproximá-los dos primeiros no grid. Lembremos que os pilotos devem largar com o jogo de pneus utilizado ao estabelecer o melhor tempo no Q2, como no ano passado, não no Q3.



    A Pirelli e a FIA ainda designam dois jogos de pneus para serem usados exclusivamente durante a corrida. Nos quatro primeiros GP’s a escolha fica entre um jogo dos médios e um dos macios. Os pilotos devem reservá-los para o domingo, sendo que têm a opção de escolher apenas um deles, o jogo dos macios ou dos médios, para colocar no carro durante a corrida nos seus pit stops. E não precisam antecipar aos comissários qual usarão.



    Outra mudança no regulamento é quando algum piloto fizer com que uma largada seja abortada, mesmo que consiga sair do grid, terá de largar dos boxes. O mesmo processo será aplicado em uma relargada após uma bandeira vermelha, em que pilotos sejam direcionados aos boxes.


    Também serão dados maiores poderes aos comissários de prova quanto ao estabelecimento dos limites das pistas, requerendo aos pilotos para respeitarem rigorosamente as linhas brancas, exceto em caso de erro do piloto.



    Mais uma mudança é do Safety Car Virtual (VSC), que poderá ser usado em sessões de treinos livres e treinos classificatórios, bem como nas corridas, a fim de reduzir interrupções desnecessárias nas sessões, enquanto que a abertura da asa móvel (DRS - Drag Reduction System) irá agora ser reativada imediatamente após um período de VSC. Antes os pilotos tinham que esperar 2 voltas, antes de voltar a usar a asa móvel.


    A temporada de 2016 da Fórmula 1 tende a ser bem interessante com estas mudanças nas regras, dentre outras, com os 3 pilotos novatos, com as 2 novas equipes e a introdução do GP da Europa, no Azerbaijão, mais uma pista estreante na categoria.



Baku City Circuit
    















    

    Você, amante da Fórmula 1, como nós 4, confira nosso primeiro programa, e os que virão no decorrer deste ano!


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    Grande abraço!