Saudações a você que está lendo o blog da Radio Paddock F1!
Preparamos nosso programa nº 2, e nele falamos sobre o que aconteceu no GP da Austrália, desde os treinos classificatórios até a corrida em si. Igualmente tratamos do uso de pneus, tanto nos treinos como na corrida, algo que ainda estava confuso.
Também falamos sobre o próximo GP de 2016, o GP do Barhein, passando pela história do circuito de Sakhir e número dos GP's já realizados por lá! Como não poderia faltar, nós 4, Carlos E. Werlang, Carlos Werzel Jr., Diego Gambassi e Luís Virgílio Caldas, demos nossas impressões pessoais e pitacos, que podem ser diferentes de você, caro leitor.
Fique à vontade para opiniões, críticas e sugestões sobre nosso programa, que segue abaixo!
Errata: por volta dos 18 minutos, um dos autores inverte os nomes e posições de Vettel e Raikkonen, no GP de 2015.
Foi
recompensador para quem esperou por uma abertura de campeonato
movimentada. A primeira prova do ano teve várias trocas de posições,
acirradas batalhas internas, diferentes estratégias em relação aos
pneus e um tenebroso acidente envolvendo Fernando Alonso. O GP da
Austrália ainda viu Romain Grosjean conseguir os primeiros pontos da
estreante norte-americana Haas.
Nada
mal para a primeira corrida, a menos que você fosse Daniel Kvyat.
Para o piloto da Red Bull não foi possível nem alinhar seu carro no
grid de largada. Isso além de causar uma nova volta de formação,
confirmou o azar que o russo tem em Melbourne, tirando-o antes mesmo
do início.
Mais
afortunados foram os pilotos da Ferrari que largaram bem e usaram os
erros de Nico Rosberg e Lewis Hamilton para assumir as posições 1 e
2, Sebastian Vettel seguido por Kimi Raikkonen. O atual bicampeão
Hamilton teve seu espaço fechado por Rosberg, caindo para a posição
6, sendo ultrapassado por Max Verstappen e Felipe Massa. O alemão da
Mercedes era o terceiro. Carlos Sainz vinha na posição 7 seguido
pela Force India de Nico Hulkenberg. O alemão havia tomado a posição
do piloto da casa, Daniel Riccardo, que agora se defendia da McLaren
de Fernando Alonso, completando o Top 10 onde todos, com exceção de
Hulkenberg, corriam com pneus vermelhos supermacios.
Nas
primeiras 12 voltas, Hamilton passou Massa; Riccardo passou
Hulkenberg e Massa chegando a posição 6. O espanhol da Toro Rosso
foi para o boxe, promovendo uma posição para Alonso e Sergio Perez
e sua Force India, agora na posição 10. Valteri Bottas que largou
em décimo sexto, vinha de pneus amarelos macios já na posição 12,
depois de uma brilhante luta defensiva do estreante Jolyon Palmer. O
novato da Renault mostrou muita habilidade.
A
essa altura, as trocas de pneus iam mudando a ordem de colocação.
Até que na volta 17 o piloto da Haas, Esteban Gutierrez, foi
atropelado pela McLaren de Alonso, que atingiu o muro como um
projétil depois de passar por cima da roda do mexicano, capotando
mais duas vezes ao atingir a área de escape de brita, parando apenas
no fim das barreiras de pneus do outro lado. A terrível cena do
McLaren destruída foi aliviada pela saída do espanhol andando,
mesmo que meio tonto. Um visual impressionante.
Com
o acidente, a bandeira vermelha foi empregada paralisando a prova,
prejudicando alguns e beneficiando outros. Esse momento foi crucial
para a decisão da corrida, já que os pilotos e equipes puderam
trocar de pneus e trabalhar em seus carros antes da relargada. A
ordem do Top 10 era: Vettel (supermacios), Rosberg (médios),
Raikkonen (supermacios), Riccardo (macios), Verstappen (macios), Sainz
(macios), Hamilton (médios), Massa (médios), Grosjean (médios),
Hulkenberg (médios). Quem optou pelos compostos mais macios apostou
errado, pois tiveram que fazer nova troca.
Logo
após a relargada, Raikkonen teve que abandonar com seu motor em
chamas. Não demorou muito para que ficasse claro que a melhor
escolha havia sido pelos pneus médios. E embora as duas Mercedes e
Williams, Grosjean, Hulk, e Palmer tivessem que rodar quase 40 voltas
com os mesmos pneus, eles foram os maiores favorecidos. Quando Vettel
parou nos boxes, o Top 3 definiu-se com Rosberg e Hamilton, seguidos
pela Ferrari. Em seguida vinha Riccardo, numa excelente recuperação,
passando de novo por Massa, o brasileiro agora na posição 5. Em
sexto estava a Haas do suíço Grosjean, numa excelente performance
(valendo-se do fato de não ter parado nenhuma vez, trocando de pneus
durante a interrupção), seguido da Force India de Hulkenberg e da
Williams de Bottas. As Toro Rosso também pararam e voltaram atrás
de Palmer, este na posição 9. Sainz e Verstappen proporcionaram um
show a parte.
Uso dos pneus
O
jovem holandês ficou furioso quando soube que seu companheiro havia
ido aos boxes antes dele. Como Verstappen estava a frente de Sainz,
teria por direito a primeira troca. Ao saber da jogada, entrou no
boxe sem avisar a equipe e acabou por perder vários segundos, e
também a posição para o espanhol. Nesse momento a Renault de
Palmer brigava pelos pontos com Sainz na posição 10, seguido por
Verstappen. Claramente mais rápido em boa parte da corrida, ele
começou a reclamar compulsivamente pelo rádio, numa tentativa de
que houvesse uma jogada equipe. Embora a Toro Rosso tenha concordado,
os dois deixaram Palmer para trás, confirmando na mesma ordem as
posições 9 e 10 na corrida.
Nas
demais posições tivemos Kevin Magnussen e sua Renault, num bom
esforço de recuperação já que na primeira volta teve um pneu
furado; a Force India de Sergio Perez com a corrida comprometida por
causa da bandeira vermelha; Jenson Button, mais um dos prejudicados
pela má escolha de pneus, frustrando a tentiva de pontos da McLaren;
o brasileiro Felipe Nasr, que pouco pode fazer com seu carro, embora
tenha sido a única Sauber a terminar a prova; e por fim o estreante
Pascal Wehrlein, que no começo da corrida chegou a ocupar a posição
14 e foi o único carro da Manor a cruzar a linha de chegada.
Nas
considerações finais ressaltamos:
a importância desta vitória para
Rosberg, impedindo que Hamilton saísse na frente já de início;
Sebastian Vettel parece ter carro
para brigar por posições melhores do que o terceiro lugar, embora
a Ferrari tenha saído com vantagem de apenas um ponto para a
Williams, uma das únicas três equipes a colocar os 2 pilotos na
zona dos pontos;
os dois jovens pilotos da Toro
Rosso dão a indicação de que serão protagonistas de momentos
interessantes nesta temporada;
as boas estreias de Palmer e
Wehrlein;
a fase esquisita em que vive
Fernando Alonso, não podendo de jeito nenhum ser chamado de
azarado;
os primeiros pontos conseguidos
para a Haas com o talento de Grosjean.
Por Carlos Werzel Jr É uma prova bastante antiga, existe
desde 1928, e passou por vários circuitos.
Na Fórmula 1, o 1º GP australiano
aconteceu em 1985, no circuito de rua de Adelaide. Adelaide
permaneceu no calendário até 1995, sempre sendo a última prova da
temporada. Foram 11 provas em Adelaide.
Houve decisões memoráveis de
campeonato em Adelaide, como em 1986 (entre Nelson Piquet e Alain
Prost, em que o francês conquistou seu 2º título), e em 1994
(entre Damon Hill e Michael Schumacher, onde conferimos o 1º título
mundial do alemão).
Em 1993, o proeminente empresário de
Melbourne, Ron Walker, começou a trabalhar com o governo Kennet
(então governador do Estado de Victoria) para Melbourne sediar o GP
da Austrália de Fórmula 1.
No final de 1993 foi anunciado que a
prova de F1 seria transferida para um reconstruído circuito de rua
de Albert Park, em Melbourne. A corrida mudou-se para Melbourne em
1996.
Aliás, a primeira prova foi marcada
pelo acidente impressionante de Martin Brundle, com sua Jordan.
- Os maiores vencedores do GP da
Austrália (contando toda a sua história) são: o australiano Lex
Davison (1954, 1957, 1958, 1961) e o alemão Michael Schumacher
(2000, 2001, 2002, 2004), com 4 vitórias cada.
- Pela F1, atrás de Schumacher temos
o inglês Jenson Button, com 3 vitórias (2009, 2010 e 2012).
- Com 2 vitórias
os pilotos Gerhard Berger (1987, 1992), Ayrton Senna (1991, 1993),
Damon Hill (1995, 1996), David Coulthard (1997, 2003), Kimi Räikkönen
(2007, 2013) e Lewis Hamilton (2008, 2015).
- O maior vencedor, na F1, no circuito
de Albert Park, é Michael Schumacher, com 4 vitórias. E em
Adelaide, com 2 vitórias cada, são Alain Prost (1986, 1988),
Gerhard Berger (1987, 1992) e Ayrton Senna (1991, 1993).
- Como curiosidade, o francês Alain
Prost é o único piloto a ter vencido o GP da Austrália na Fórmula
1, e em formato “doméstico” (sob as regras da Fórmula 1
Australiana). Ele venceu a prova em 1982 (antes da F1), em 1986 e em
1988.
- O construtor com maior número de
vitórias no GP da Austrália é a McLaren, com 12 vitórias no
total, contando uma antes de entrar no calendário da F1. Ganhou em
1970, 1986, 1988, 1991, 1992, 1993, 1997, 1998, 2003, 2008, 2010 e
2012.
- Em 2º vem a Ferrari, com 10
vitórias, sendo 3 antes da F1. Venceu em 1957, 1958, 1969, 1987,
1999, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2007.
- Em 3º está a Williams, com 6
vitórias, 1980, 1985, 1989, 1994, 1995 e 1996.
O circuito de Albert Park tem 5.303
metros, e possui 16 curvas, sendo 10 para a direita e 6 para a
esquerda. É um circuito de rua, de média alta velocidade, e
horário.
A volta mais rápida em prova foi de
Michael Schumacher, com a Ferrari, em 2004. Ele registrou 1’24.125
min, com média de 226.933 km/h.
No circuito de Albert Park (também
chamado Melbourne Grand Prix Circuit), já foram realizadas 20 provas
na Fórmula 1.
A prova que abre a temporada 2016 da
Fórmula 1 será a 21ª em Albert Park, terá 58 voltas, e será
disputada no dia 20 de março. Por fim, aproveitem esse vídeo sensacional do que acontece nos preparativos para o GP em Albert Park.
Por Carlos Werzel Jr Seja bem-vindo (a) ao blog da Radio Paddock F1!
O programa
idealizado, gravado e produzido por 4 amigos amantes da Fórmula 1,
Carlos Eduardo Werlang, Carlos Werzel Júnior, Luís Virgílio Caldas
e Diego Gambassi.
Em nosso primeiro
programa damos um panorama inicial sobre a temporada 2016 da Fórmula
1, tratamos da pré-temporada e de algumas mudanças no regulamento e
no calendário. Também damos nossos palpites pessoais de qual será
a “ordem” das equipes durante a temporada, e quanto ao 1º GP do
ano, o GP da Austrália.
Uma das grandes
mudanças no regulamento para este ano é dos pneus. A Pirelli
introduziu mais um composto de pneu para pista seca: o ultramacio
(com banda roxa), que será usado pela 1ª vez no GP do Canadá, a 7ª
etapa da temporada, a se realizar em 12 de junho. No total, agora,
são cinco compostos para pista seca.
Cada piloto terá
direito a 13 jogos de pneus para o fim de semana de cada GP. A cada
etapa do campeonato a Pirelli e os comissários da FIA escolhem três
tipos, a serem utilizados nos treinos livres, na classificação e
corrida. Em 2015 eram apenas dois tipos. Com certeza isto gerará
maiores desdobramentos, o que iremos conferir no decorrer da
temporada.
Dos 13 jogos de
pneus, 3 serão escolhidos pela Pirelli e pela FIA. Já quanto aos
outros 10 jogos, cada piloto, em conjunto com seus engenheiros, define quantos jogos de pneus de cada tipo, dentre os três disponibilizados a cada GP, irá utilizar no fim de semana. Essa é a outra novidade este ano.
Nas quatro
primeiras provas, Austrália (20/03), Bahrein (03/04), China (17/04)
e Rússia (01/05) os três tipos de pneus a serem utilizados já
foram divulgados: médios, macios e supermacios.
Componentes da Pirelli para 2016
Dos 13 jogos, os
pilotos deverão guardar um jogo do mais macio, no caso das 4
primeiras provas o supermacio, para a última seção do treino de
definição do grid, o chamado Q3. Ele só pode ser usado nessa hora.
E os 8 pilotos que se classificarem para o Q3 – não mais 10, como
em 2015 – devolvem para a Pirelli esse jogo de supermacio.
Os pilotos que não
passaram do Q2 podem ficar com esse jogo do supermacio para usar na
corrida. É uma forma de o regulamento tentar aproximá-los dos
primeiros no grid. Lembremos que os pilotos devem largar com o jogo
de pneus utilizado ao estabelecer o melhor tempo no Q2, como no ano
passado, não no Q3.
A Pirelli e a FIA
ainda designam dois jogos de pneus para serem usados exclusivamente
durante a corrida. Nos quatro primeiros GP’s a escolha fica entre
um jogo dos médios e um dos macios. Os pilotos devem reservá-los
para o domingo, sendo que têm a opção de escolher apenas um deles,
o jogo dos macios ou dos médios, para colocar no carro durante a
corrida nos seus pit stops. E não precisam antecipar aos comissários
qual usarão.
Outra mudança no
regulamento é quando algum piloto fizer com que uma largada seja
abortada, mesmo que consiga sair do grid, terá de largar dos boxes.
O mesmo processo será aplicado em uma relargada após uma bandeira
vermelha, em que pilotos sejam direcionados aos boxes.
Também serão
dados maiores poderes aos comissários de prova quanto ao
estabelecimento dos limites das pistas, requerendo aos pilotos para
respeitarem rigorosamente as linhas brancas, exceto em caso de erro
do piloto.
Mais uma mudança é
do Safety Car Virtual (VSC), que poderá ser usado em sessões de
treinos livres e treinos classificatórios, bem como nas corridas, a
fim de reduzir interrupções desnecessárias nas sessões, enquanto
que a abertura da asa móvel (DRS - Drag Reduction System) irá agora
ser reativada imediatamente após um período de VSC. Antes os
pilotos tinham que esperar 2 voltas, antes de voltar a usar a asa
móvel.
A temporada de 2016
da Fórmula 1 tende a ser bem interessante com estas mudanças nas
regras, dentre outras, com os 3 pilotos novatos, com as 2 novas
equipes e a introdução do GP da Europa, no Azerbaijão, mais uma
pista estreante na categoria.
Baku City Circuit
Você, amante da Fórmula 1, como nós 4, confira nosso primeiro programa, e os que
virão no decorrer deste ano!
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