terça-feira, 28 de junho de 2016

#12 - Grande Prêmio da Áustria

* por Carlos Werzel Júnior

É uma prova da Fórmula 1 sancionada pela FIA, que ocorreu nos anos de 1964, de 1970 a 1987, e de 1997 a 2003. Retornou ao calendário da F1 em 2014.

O GP Austríaco foi realizado em 2 locais diferentes na área da cidade de Zeltweg, localizada na cidade de Spielberg, no sudeste da Áustria.

Spielberg é uma cidade que fica entre as cidades de Zeltweg e Knittelfeld, no estado de Styria.

Primeiramente foi utilizado um aeródromo como pista. Em 1963 houve uma prova extra-campeonato da F1, no circuito de Zeltweg Airfield. No ano seguinte houve a única prova oficial da F1 nesse circuito. Após 105 voltas, quem venceu foi o italiano Lorenzo Bandini, de Ferrari. Aliás, acabou sendo a única vitória de Bandini na categoria!

Circuito Zeltweg Airfield

A corrida foi um sucesso, mas a pista foi considerada muito perigosa, era estreita e muito irregular. A FIA então tirou o circuito do calendário.

No ano de 1969 foi construído o circuito de Österreichring, situado nas montanhas de Styria. Era um circuito espetacular e muito rápido, em que cada curva não era feita em marcha menor que a 3ª (em câmbios de 5 marchas) ou a 4ª (em câmbios de 6 marchas).

Com o passar dos anos, muitos consideraram Österreichring como perigoso, pois em alguns trechos não havia área de escape. E também a velocidade ia crescendo ano a ano......em 1987, no então último GP Austríaco na F1, a pole foi de Nelson Piquet, que fez 1:23.357 min., com média de 255,756 km/h. À época, era o 2º circuito mais rápido do calendário, só ficando atrás de Silverstone.

Outro problema de Österreichring (literalmente ‘circuito austríaco’) era a reta de largada/chegada, que era muito estreita. Enquanto nas outras pistas a reta de chegada tinha entre 18 a 24 metros de largura, em Österreichring só tinha 9,1 metros de largura. Por isso houve muitos acidentes em largadas.

Circuito de Österreichring. Em 1977 foi feita a chicane Hella-Licht, onde havia a curva Vost-Hugel

Por todos estes problemas, o último GP em Österreichring foi em 1987. Em 1995 e 1996 a pista foi remodelada, no mesmo local, e redesenhada por Hermann Tilke. A pista foi encurtada de 5.942 metros para 4.326 metros, tendo sido retiradas várias das curvas rápidas.

Como a maior parte da construção foi paga pela provedora de telefonia móvel A1, a pista foi renomeada para A1-Ring. Houve provas em A1-Ring de 1997 a 2003. Após foi retirada do calendário da F1.

Comparativo entre A1-Ring (em preto) e o velho Österreichring (em cinza)

No final de 2004 o circuito A1-Ring foi comprado pelo co-fundador da empresa Red Bull, Dietrich Mateschitz. No final de 2008 iniciou-se a reconstrução do circuito, e em dezembro de 2012 a Red Bull contatou a FIA dizendo que a pista estava pronta para uma prova da F1. Em julho de 2013 a Red Bull anunciou o retorno do GP da Áustria em 2014.

Renomeado Red Bull Ring, o circuito está ativo no calendário da Fórmula 1 desde 2014.

Alguns momentos marcantes do GP da Áustria:

1975: nos treinos houve alguns acidentes, dentre eles o que levou Wilson Fittipaldi a quebrar 2 ossos da mão. Mas o mais grave foi do americano Mark Donohue, que bateu na curva Vost-Hugel (a 1ª do circuito), após problema num dos pneus a 260 km/h, passando por cima do guard-rail, caindo em um barranco. Dois fiscais morreram, e Donohue não aparentava ter sofrido ferimentos graves. Foi dito que a cabeça de Donohue bateu em um poste e ficou inconsciente. Porém, minutos depois recuperou a consciência, mas durante o dia reclamou de dores de cabeça. Após, entrou em coma, e veio a falecer 3 dias depois, por hemorragias no cérebro.

Por causa desse grave acidente, em 1977 colocaram uma chicane no lugar desta curva Vost-Hugel. Tornou-se conhecida como chicane Hella-Licht.

Abaixo video com o resgate do piloto americano




Mas esta prova marcou, também, a única vitória do italiano Vittorio Brambilla na F1. A prova foi encerrada com 29 voltas, por causa da forte chuva. Quando ele recebeu a bandeirada, perdeu o controle de sua March, vindo a derrapar e bater.



1985: na volta 13 aconteceu um dos acidentes mais espetaculares na F1. Andrea de Cesaris, com sua Ligier, perdeu o controle do seu carro na curva Panorama e saiu na grama, vindo a capotar várias vezes. O piloto não sofreu nada, apenas ficou com o macacão e o capacete sujos de lama. Porém, com este acidente, De Cesaris foi demitido da Ligier.



1987: nos treinos livres da sexta feira, Stefan Johansson, de McLaren, bateu em um cervo! Isso mesmo. O sueco estava a cerca de 225 km/h, matando o cervo, que simplesmente atravessou a pista, fugindo do barulho dos carros e procurando refúgio. Johansson sofreu apenas dores na cabeça e no pescoço. Foi para o hospital, mas conseguiu participar da prova no domingo. Há fotos deste incidente, como a abaixo.



A largada da prova foi bastante confusa, aliás houve 3 largadas! Nas duas primeiras houve acidentes que paralisaram a prova. A segunda foi a mais séria, após Mansell ter problemas com seu câmbio, atrapalhou todo o resto do grid atrás e ocorreu um grande acidente, envolvendo vários carros, cerca de 10, 11.

Abaixo video da 2ª largada, com narração em alemão



2002: aconteceu uma das grandes vergonhas da F1. Rubens Barrichello venceria a prova, mas por ordem da Ferrari, ele deixou Michael Schumacher ultrapassá-lo a poucos metros do final. Sem comentários!



O circuito possui 4.326 metros (mesma extensão do A1-Ring), é um autódromo permanente, no sentido horário e de média alta velocidade. Possui 9 curvas, sendo 7 para a direita e 2 para a esquerda.

Até hoje foram disputados 29 GP’s da Áustria na Fórmula 1, sendo 1 prova extra-campeonato, 1 prova em Zeltweg Airfield, 18 em Österreichring, 7 em A1-Ring e 2 no atual Red Bull Ring.

O maior vencedor do GP do Áustria é o francês Alain Prost, com 3 conquistas (1983 [de Renault], 1985 e 1986 [de McLaren]). Em 2º lugar temos 5 pilotos: Ronnie Peterson (1973, 1978 [as 2 de Lotus]); Alan Jones (1977 [Shadow], 1979 [Williams]); Mika Häkkinen (1998, 2000 [as 2 de McLaren]); Michael Schumacher (2002, 2003 [as 2 de Ferrari]) e Nico Rosberg (2014, 2015 [as 2 de Mercedes]).

Dentre as equipes, a maior vencedora é a McLaren com 6 triunfos (1984, 1985, 1986, 1998, 2000 e 2001). A Ferrari está em 2º, com 5 vitórias (1964, 1970, 1999, 2002 e 2003).

Os pilotos com maior número de poles são: Réné Arnoux, Nelson Piquet e Niki Lauda, com 3 poles cada. Arnoux em 1979, 1980 e 1981 (todos de Renault), Piquet em 1982, 1984 (os 2 de Brabham) e 1987 (Williams) e Lauda nos anos de 1974, 1975 e 1977 (todos de Ferrrari).

Dos atuais pilotos, Felipe Massa tem 1 pole, em 2014 com a Williams, e Lewis Hamilton, de Mercedes, com uma pole também, no ano de 2015.

A volta mais rápida no atual circuito foi do brasileiro Rubens Barrichello, de Ferrari, em 2002, que foi a pole position naquele ano. Ele registrou 1’08.082 min., com média de 228,747 km/h.


A 9ª prova da temporada 2016 da F1 será a 3ª no Red Bull Ring (30ª na história do GP Austríaco, se considerarmos a prova extra-campeonato em 1963), terá 71 voltas, e será disputada no dia 3 de julho.


segunda-feira, 13 de junho de 2016

#11 - Grande Prêmio da Europa

* por Carlos Werzel Júnior

É um evento da Fórmula 1 introduzido na categoria nos anos 80.

Porém, mais antigamente, o GP da Europa não era uma corrida em seus próprios direitos, mas um título honorífico. Este título foi criado pela AIACR (antecessora da FIA) e a primeira prova com este título honorífico foi o GP da Itália, em Monza, em 1923.

O GP Europeu, dessa forma (título honorífico), ocorreu em várias pistas, desde 1923 a 1977, com exceção de alguns anos. Foram 34 provas sob este título, e a 1ª prova na F1 foi o GP da Inglaterra de 1950, o 1º GP da F1 na história.

Como prova em si, o GP da Europa foi criado como “tapa-buracos”. Em 1983, o calendário da F1 tinha uma prova em Nova York, nos Estados Unidos. Quando esta prova foi cancelada 3 meses antes de ser realizada, os organizadores da pista de Brands Hatch criaram o GP da Europa.

Fez tanto sucesso este GP que ele foi incluído no calendário de 1984. Mas Brands Hatch não podia sediar o GP da Europa, pois ele já seria o GP da Inglaterra em 1984 (isto pois alternava com Silverstone para sediar o GP Inglês, nos anos pares). Então o GP Europeu de 1984 acabou sendo realizado na pista de Nürburgring, com o traçado sendo bastante encurtado.

Aliás este GP de 1984 tem uma cena engraçada! Logo após terminarem a prova, Nelson Piquet e Michele Alboreto ficam sem combustível. Vejam a reação deles! Cena hilária.



Brands Hatch voltou a sediar o GP da Europa em 1985, mas após foi substituído pelo GP da Hungria em 1986.

Em 1990 um empresário japonês, Tomonori Tsurumaki, comprou o circuito Nippon Autopolis com a ideia de sediar uma prova de Fórmula 1. Em 1992, os planos eram de ter um GP da Ásia em 1993, para substituir o GP do México. Porém estes planos falharam.

Bernie Ecclestone adicionou uma corrida em Donington Park, voltando assim o GP da Europa. Esta prova era a “menina dos olhos” de Tom Wheatcroft, que já havia tentado trazer a F1 a Donington, desde uma tentativa abortada em 1988.

Esta prova de 1993 foi a única até hoje em Donington, e é memorável pela considerada “melhor 1ª volta de todos os tempos” de Ayrton Senna. Vejam abaixo:


(video bloqueado pela FOM, mas estará em nossa página do Facebook https://www.facebook.com/radiopaddockf1/?ref=aymt_homepage_panel)

Em 1994 o GP Europeu muda-se para o circuito de Jerez de la Frontera, na Espanha. Em 1995 volta para Nürburgring, na Alemanha, continuando na pista alemã em 1996.

Em 1997, novamente, vai para a Espanha, no circuito de Jerez. Esta prova é bem conhecida pela batida deliberada (ou não) de Michael Schumacher na Williams de Jacques Villeneuve. Por conta disso, Schumacher foi desqualificado do campeonato.

Revejam no vídeo:



Em 1997 e 1998 a pista de Nürburgring sediou o chamado GP de Luxemburgo, por conta de uma regra imposta pela FIA, de nenhum país sediar mais de uma prova (já havia Hockenheim como GP da Alemanha). Em 1998 não houve GP da Europa.

O GP Europeu retorna em 1999, no circuito de Nürburgring, permanecendo como GP da Europa até 2007. Em agosto de 2006 foi anunciado que Nürburgring seria retirada do calendário da F1, e de 2007 em diante haveria apenas o GP da Alemanha, alternando entre Hockenheim e Nürburgring. Porém o GP de 2007 acabou sendo chamado Großer Preis von Europa (GP da Europa).

Após, de 2008 a 2012, houve o GP da Europa na pista de Valencia. Essa pista acabou se tornando impopular para pilotos e fãs, pela falta de pontos de ultrapassagem. Resultou que Valencia iria alternar com Barcelona sediando o GP da Espanha, de 2013 em diante. Mas Valencia, na última hora, foi retirada do contrato.

Agora, em 2016, temos o retorno do GP da Europa, desta vez no novo circuito de Baku, no Azerbaijão (que fica na Ásia).

O Baku City Circuit tem 6.006 metros, é de rua e no sentido anti-horário. Possui 20 curvas, sendo 8 para a direita e 12 para a esquerda.



Ainda não há informação se ele é de média velocidade, mas foi projetado para ser o circuito de rua mais rápido do mundo.

Alguns dos destaques do traçado são uma travessa estreita, e o trecho final que leva para a linha de chegada, na Neftchilar Avenue, dá cerca de 2,2 km.



É o segundo circuito mais longo do calendário da Fórmula 1, só ficando atrás de Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Até hoje foram realizados 22 GP’s da Europa, como prova em si, ou seja, desde 1983, sendo 1 em Donington Park, 2 em Jerez, 2 em Brands Hatch, 5 em Valencia e 12 em Nürburgring.

O maior vencedor do GP da Europa, contando as provas de 1983 em diante, é o alemão Michael Schumacher, com 6 vitórias, em 1994, 1995 [as 2 de Benetton], 2000, 2001, 2004 e 2006 [as 4 de Ferrari].

Dos atuais pilotos, o espanhol Fernando Alonso é o 2º no geral, com 3 vitórias, nos anos de 2005 [Renault], 2007 [McLaren] e 2012 [Ferrari]. E o alemão Sebastian Vettel tem 2 triunfos, em 2010 e 2011, ambas de Red Bull.

Dentre os construtores a maior vitoriosa do GP Europeu é a Ferrari, com 7 vitórias, em 2000, 2001, 2002, 2004, 2006, 2008 e 2012. Em segundo está a McLaren, com 4 vitórias, nos anos de 1984, 1993, 1997 e 2007.

Os pilotos com maior nº de pole positions no GP da Europa são:
1) Com 3: Michael Schumacher (1994 [Benetton], 2001 e 2004 [ambas de Ferrari]) e Sebastian Vettel (2010, 2011 e 2012 [Red Bull], justamente as 3 últimas);
2) Com 2: David Coulthard (1995 [Williams] e 2000 [McLaren]) e Kimi Räikkönen (2003 [McLaren] e 2007 [Ferrari]);
3) Com 1: Fernando Alonso (2006, de Renault), Felipe Massa (2008, de Ferrari), Hamilton (2009, de McLaren), e mais 9 pilotos, dentre eles Ayrton Senna (1985, de Lotus) e Nelson Piquet (1984, de Brabham).

A 8ª prova da temporada 2016 da Fórmula 1 será o 23º GP da Europa, o 1º neste novo circuito de Baku, está programada para ter 51 voltas, num total de 306,306 km, e será realizada no dia 19 de junho, uma semana após o GP do Canadá.


Vamos verificar se as boas expectativas se confirmarão em um ótimo Grande Prêmio!

terça-feira, 7 de junho de 2016

#10 - Grande Prêmio do Canadá (2ª e última parte)

* por Carlos Werzel Júnior

(cont.)
Alguns momentos marcantes em Montreal:

No GP de 1981, Gilles Villeneuve teve a asa dianteira de sua Ferrari quebrada, porém ela ficou na frente da sua visão da pista. Ele pilotou por algumas voltas assim, e na pista molhada, até que uma hora a asa se soltou, e Gilles correu assim até o final, chegando em 3º.

Segue um vídeo com esta ‘façanha’, narrado por Luciano do Valle, da Globo



No GP de 1982, quando a pista mudou seu nome (como já citado anteriormente), ocorreu uma fatalidade. O italiano Riccardo Paletti conseguia sua 2ª largada na F1, mas acabou sucumbindo a um acidente logo na largada, quando bateu sua Osella na Ferrari de Didier Pironi, que ficou parado. Ele sofreu pesadas lesões no peito, e ficou inconsciente no carro. O próprio Pironi e Sid Watkins, médico da FIA, foram socorrê-lo, mas logo o tanque do carro explodiu, formando uma bola de fogo. Acabou falecendo.

Abaixo um vídeo com esta largada



E a prova de 1991? Quem assistiu se lembra. O inglês Nigel Mansell liderou a prova toda, até que na última volta, liderando com grande vantagem, já estava acenando para o público, quando, a poucos metros da chegada, teve problemas elétricos no seu carro, e teve que abandonar. A vitória caiu no colo do brasileiro Nelson Piquet. Uma prova de que a corrida só acaba na bandeirada final!

Vejam no vídeo logo abaixo:



O circuito Gilles Villeneuve passou por algumas mudanças no traçado durante os anos. A linha de largada, de 1978 a 1986, ficava pouco após o hairpin final. Já em 1988 a linha de chegada foi mudada para onde está até hoje.

Logo antes da qualificação para o GP de 2014, os organizadores do GP anunciaram estenderam o acordo para receber a prova de F1 por mais 10 anos. Então, a prova está garantida até 2024!

O circuito possui 4.361 metros, é de rua, no sentido horário e de média alta velocidade. Possui 13 curvas, sendo 8 para a direita e 5 para a esquerda.

Até hoje foram disputados 52 GP’s do Canadá no total, sendo 46 na Fórmula 1. Destes 46, tivemos 2 provas em Mont-Tremblant, 8 em Mosport e 36 no circuito Gilles Villeneuve.

Não houve GP’s em 1987 (por disputas de patrocínio entre as cervejarias locais Labatt e Molson) e em 2009 (com a entrada dos Emirados Árabes no calendário, e a decisão da FIA por 18 provas no ano, somados à crise financeira global da época).

O maior vencedor do GP do Canadá é o alemão Michael Schumacher, com 7 conquistas (1994 [de Benetton], 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004 [de Ferrari]). Dos pilotos atuais, Lewis Hamilton tem mais vitórias, com 4 (2007, 2010, 2012 [as 3 de McLaren], 2015 [de Mercedes]), e é o 2º no geral.

Dentre as equipes, as maiores vencedoras são a Ferrari e a McLaren, empatadas, com 13 triunfos. A Ferrari venceu nos anos de 1963, 1964 (estes 2 anos antes de a F1 desembarcar lá), 1970, 1978, 1983, 1985, 1995, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004; enquanto a McLaren subiu no mais alto lugar do pódio em 1968, 1973, 1974, 1976, 1988, 1990, 1992, 1999, 2005, 2007, 2010, 2011 e 2012.

O piloto com maior número de poles em Montreal é Michael Schumacher, com 6 no total, nos anos de 1994, 1995 (as 2 de Benetton), 1997, 1999, 2000 e 2001 (as 4 de Ferrari).

Dos atuais pilotos, Lewis Hamilton tem 4 poles (2007, 2008, 2010 [as 3 de McLaren] e 2015 [de Mercedes]), e Sebastian Vettel tem 3 (2011, 2012 e 2013, todas de Red Bull).

A volta mais rápida no atual traçado foi de Ralf Schumacher, com a Williams, em 2004, que foi a pole position da prova daquele ano. Ele registrou 1’12.275 min, com média de 217,220 km/h.


A 7ª prova da temporada 2016 da F1 será a 37ª em Montreal (53ª na história do GP Canadense), terá 70 voltas, e será disputada no dia 12 de junho.

#10 - Grande Prêmio do Canadá (1ª parte)

* por Carlos Werzel Júnior

É uma prova anual, que existe desde 1961, e que faz parte do campeonato da Fórmula 1 desde 1967.

De 1961 a 1966 o GP Canadense foi realizado no circuito de Mosport Park, e para carros esporte, fazendo parte do campeonato canadense de carros esporte. Nestes 5 anos vários pilotos internacionais de carros esporte participaram, assim como pilotos de Fórmula 1.

Em 1967 a Fórmula 1 chega ao Canadá, e a primeira prova foi disputada no circuito de Mosport Park. Mosport (que atualmente ainda possui o traçado original) era um circuito espetacular e desafiante, com várias subidas e descidas, e foi popular entre os pilotos.

Mosport Park

Como curiosidade o nome Mosport é uma contração de “motor sport”, e é pronunciado como se fossem duas palavras “mo-sport”.

Mosport sediou a F1, alternando com o circuito de Mont-Tremblant (situado em Quebec) até 1970. Mont-Tremblant, assim como Mosport, era um circuito espetacular que tinha muitas mudanças de elevação e era desafiante.



Mas problemas de segurança levaram os organizadores da F1 a não mais levar o ‘circo’ para lá. Um dos fatos que influenciaram foram os invernos rigorosos que afetaram a superfície da pista.

De 1971 a 1977 (exceto 1975) o GP do Canadá foi realizado no circuito de Mosport. Em 1975 não houve o GP pois não houve acordo entre os donos da pista e os organizadores da F1.

Em 1977 as preocupações com a segurança do circuito irregular de Mosport, que tinha solavancos, emergiram após o horrendo acidente do britânico Ian Ashley. Durante os treinos livres, sua Hesketh pegou um dos solavancos da pista na reta Mario Andretti, capotou, passando sobre o guard-rail e se chocou em uma torre de televisão. Ashley machucou-se seriamente, encerrando sua carreira na F1, e a operação de resgate levou cerca de 40 minutos para tirá-lo do carro, e mais 30 minutos para um helicóptero chegar.

Somado a isto, houve o acidente de Jochen Mass no mesmo dia, quando perdeu o controle de sua McLaren na primeira curva do circuito, e bateu no guard-rail que veio a ficar achatado com o impacto.

Assim, um novo circuito foi construído em 1978, em Montreal, inicialmente chamado Circuit Île Notre-Dame. Este circuito é feito inteiramente de ruas públicas, e é localizado em uma ilha artificial, a Ilha de Notre-Dame, situada no Rio São Lourenço.

O circuito é localizado na parte da cidade de Montreal chamada de Parc Jean-Drapeau. Quase metade da pista (do hairpin até a curva situada após o pit lane) passa ao lado da raia olímpica, que foi criada para as provas de remo e canoagem das Olimpíadas de 1976.

Em 1982, o circuito foi renomeado para Circuit Gilles Villeneuve, em homenagem ao grande piloto canadense de mesmo nome, falecido naquele ano, nos treinos do GP da Bélgica.

Circuit Gilles Villeneuve

Uma famosa parte do circuito é o muro do lado de fora da chicane final, na entrada da reta de chegada. Em 1999 o muro, que carrega a frase “Bienvenue au Québec” (bem-vindo a Quebec), encerrou a prova de 3 campeões mundiais, Damon Hill, Michael Schumacher e Jacques Villeneuve, bem como do campeão da FIA GT, Ricardo Zonta. Desde então este muro é chamado de “muro dos campeões”.


Várias categorias já disputaram provas no Circuito Gilles Villeneuve, como a Champ Car, NASCAR, Daytona Prototype, Grand Am etc.

Antes de continuarmos, abaixo coloco um mapa do Canadá com a localização das 3 pistas utilizadas em seu GP

(continua)